Função - #IlikeMusic
A Harmonia é a matéria da música, que trata da formação de acordes e a combinação entre eles, bem como estabelecer uma conexão adequada com a melodia. Uma Progressão Harmônica então, nada mais é do que uma sequência de acordes construída sobre uma determinada idéia harmônica ou para o acompanhamento de uma melodia.
Para estudar Progressões Harmônicas ou qualquer matéria referente a Análise Harmônica, faz-se o uso de Cifra Analítica; ou seja, os acordes são identificados pelo Grau da escala a que pertencem. Ex., na tonalidade de C:
A Harmonia é a matéria da música, que trata da formação de acordes e a combinação entre eles, bem como estabelecer uma conexão adequada com a melodia. Uma Progressão Harmônica então, nada mais é do que uma sequência de acordes construída sobre uma determinada idéia harmônica ou para o acompanhamento de uma melodia.
Para estudar Progressões Harmônicas ou qualquer matéria referente a Análise Harmônica, faz-se o uso de Cifra Analítica; ou seja, os acordes são identificados pelo Grau da escala a que pertencem. Ex., na tonalidade de C:
C Dm7 G7 C7M
I IIm7 V7 I7M
C = 1º Grau
Dm7 = 2º Grau
G7 = 5º Grau
Essa forma de estudar Harmonia, dá ao músico a vantagem de transpor a Progressão Harmônica para qualquer tonalidade, já que o eixo de estudo está na função do acorde e não necessariamente na tonalidade em que se encontra. Veja um exemplo da Progressão Harmônica citada acima, transposta para a tonalidade de Fá Maior:
F Gm7 C7 F7M
I IIm7 V7 I7M
I IIm7 V7 I7M
Note que os graus permaneceram os mesmos, e as funções dos acordes também foram mantidas. Esse recurso é extremamente importante para transposição de tonalidades de “emergência”. Duas horas antes do culto ou da apresentação, o solista está com problemas de garganta, e a música que foi ensaiada em uma tonalidade terá que ser tocada um tom abaixo…! Fazendo a Cifra Analítica baseada na Cifra Original, você terá mapeado o caminho para transpor a música para qualquer outro tom.
Como já abordamos sobre as funções dos acordes, vamos detalhar o que determina a função de cada acorde. Numa tonalidade são encontrados acordes das funções:
TÔNICA (resolução)
DOMINANTE (preparação)
SUBDOMINANTE (meia resolução)
O acorde principal da função TONICA é o I Grau, podendo ser substituído pelo VIm ou IIIm Grau. O acorde principal da função DOMINANTE é o V Grau, podendo ser substituído pelo VII° e IIIm Grau. O acorde principal da função SUBDOMINANTE é o IV Grau podendo ser substituído pelo IIm e VIm Grau. Veja o gráfico:
Grau Principal da Função - Sustitutos-Relativo-Anti relativo
Tônica I - - VIm - IIIm
Dominante V - VII° - IIIm -
Subdominante IV - - IIm - VIm
A função Tônica caracteriza-se pelo peso de resolução que é o maior dentre todas as outras. A Dominante é identificada por ser de preparação, ou ponte entre uma resolução e outra. A Subdominante é também de resolução, porém com um peso de conclusividade menor que a Tônica.
Veja o exemplo desta Progressão Harmônica em Cifra Analítica com as respectivas funções indicadas:
Tônica
Anti relativa relativa
Dominante Tônica
I7M
IIIm7 Vim V7 I7M
Note que essa Progressão Harmônica começa com três resoluções da mesma função, variando somente os acordes: A primeira, uma Tônica com o Acorde Principal, a segunda e a terceira porém, variam com os acordes substitutos da mesma função; Logo após abrindo uma preparação com uma Dominante para finalizar a Progressão em uma resolução de Tônica.
Se fôssemos por exemplo, passar essa cifra analítica para a tonalidade de Sol Maior, teríamos a seguinte Progressão:
G7M Bm7 Em7 D7 G7M
Cadencia
Numa progressão harmônica, utiliza-se efeitos que são resultados de combinações funcionais de acordes com sentido conclusivo ou suspensivo. A esse resultado dá-se o nome de Cadência.
Existem Cadências de menor e maior conclusividade, ou seja, de efeitos de conclusão de força maior ou menor, sendo que essa força depende da sua definição tonal. É necessário ter no mínimo uma cadência de dois acordes para definir a tonalidade de uma progressão harmônica.
Veja este exemplo:
Am G7 C
Analisando a formação dos três acordes você encontrará nada mais, nada menos que “todas” as notas da escala de Dó Maior. Os acordes têm funções diferentes, mas ao passar por esta análise, a tonalidade desta progressão harmônica será definida.
A seguir mostraremos 5 tipos diferentes de Cadência:
Cadência Perfeita é a de resolução mais forte estruturada pelas funções Dominante seguida pela Tônica, ou seja, os graus V e I. A Cadência Perfeita é essencialmente final. Geralmente, antes dessas duas funções aparece um acorde de Subdominante (IV ou II grau). Quando isso ocorre a Cadência Perfeita é chamada de “autêntica”
Ex.: V7 I IV V7 I
G7 C F G7 C
Cadência Imperfeita é quando um ou ambos os acordes da Cadência Perfeita (V e I) estão invertidos ou ainda no caso de VII - I , e o peso de resolução desta, é bem menor e mais discreto que no caso da Perfeita.
Ex.: V7 I/1ª inv. V/1ªinv. I V/1ªinv. I/1ª inv.
G7 C/E G/B C G/B C/E
G7 C/E G/B C G/B C/E
Cadência Plagal é também uma cadência conclusiva, porém de uma forma menos acentuada. Têm como integrantes os graus IV e I (Subdominante e Tônica) estando ou não, invertidos.
Ex.: IV7M I/1ªinv. IIm I IVm I
F7M C/E Dm C Fm C
Meia Cadência se caracteriza quando a resolução é na Dominante.
Ex.: IIm V VIm7 V7 VIm7 II7 V
Dm G Am7 G7 Am7 D7 G
Dm G Am7 G7 Am7 D7 G
Cadência Deceptiva ou interrompida é quando o V grau vem seguido por qualquer grau que não seja o I. Esta cadência não é conclusiva e pode ser Diatônica ou Modulante. Confira os exemplos:
Cadência Deceptiva Diatônica
Ex.1: V7 IIIm V VIm7 V IV7M
G7 Em G Am7 G F7M
Cadência Deceptiva Modulante
Ex.2: IV V7 bVI7 I (nova tonalidade)
F G Ab7 Db
no ex.2 Cadência Deceptiva Modulante foi seguida direto do I grau da nova tonalidade, por isso chama se interrompida.